Jack Entrevista: SuperSonic!
Posted on sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
by Jack
Não é segredo para ninguém que eu, Fábio e outros nomes do blog somos fãs da luta-livre nacional. Porém quando se fala da Luta-Livre Nacional, as opiniões são muito divididas e certo é que poucos realmente a conhecem de verdade. Muito disso devido a falta de material sobre o assunto na internet, já que durante a chamada "a época de ouro" da Luta Livre Brasileira, ou até mesmo posteriormente, a comunidade da brasileira da luta-livre não estava organizada o suficiente para formar este material, coisa que mudou com o "boom" dos blogs de Wrestling no Brasil. E nesse esforço para que todos conheçam melhor a maravilhosa luta-livre brasileira, trazemos hoje uma entrevista com um dos principais lutadores da terra-brasilis: SuperSonic!
SuperSonic é um lutador que faz parte do time de Rey Mysterio, El Generico, Blue Demon e El Santo: Um lutador máscarado, que tem como característica sua agilidade e vôos no ringue. Nesta entrevista falamos sobre como é o treinamento de um lutador de luta-livre, da infra-estrutura da luta-livre brasileira, passado, presente e futuro do wrestling nacional, entre outros temas.
Nós do This is Wrestling pretendemos cada vez mais trazer este tipo de conteúdo exclusivo e abraçar a cobertura Luta-Livre brasileira como mais um de nossos objetivos.
Confiram a entrevista na continuação do post.
Jack: Seja bem vindo ao TIW SuperSonic. Sabemos que você é fã da luta livre há muito tempo e que a conheceu através dos video-games, como tantos outros. Mas como foi que você começou os seus treinamentos? E onde?
SuperSonic: Primeiramente agraço pelo espaço cedido e parabéns pelo excelente trabalho que não só vocês, mas diversos blogs sobre luta livre vem fazendo.
Eu sou BWF de carteirinha, desde o primeiro dia que vi a academia. Isto poderia ter sido mudado caso a política de outras equipes nacionais não fosse tão centrada e estereotipada como acontece, o que impediu que eu iniciasse meus treinamentos anteriormente. Mas como diz o ditado. “tudo vem na hora certa.”
Jack: Então você não é o primeiro lutador da família! Tome cuidado para não receber um convite de Randy Orton para se juntar a Stable rs.. E como é a rotina de treinamentos de um praticante da luta-livre?
SuperSonic: Sim, sou o primeiro. Meus pais e avós curtiam assistir, são fãs incondicionais de Ted Boy Marino, mas não gostam muito da idéia de eu fazer parte.
Bom, para mim, inicialmente os treinamentos foram um massacre, mas não por que é um devido massacre, e sim porque eu jamais havia treinado qualquer modalidade esportiva, então estava começando tudo do zero.
Jack: Só nome de respeito. Grandes lutadores que todos precisam conhecer mais de perto. Ainda espero assistir um combate de Nino Mercury ao vivo.
SuperSonic: Com certeza verá... ele só para quando colocarem-o à 7 palmos abaixo da terra. Exemplo de atleta, exemplo de vida. E ai de quem fala mal da luta livre pra ele (risos)
Jack: Sem dúvidas. É um grande herói para todos os fãs da luta-livre. Aproveitando a deixa, no quadro atual da luta-livre nacional, vemos lutadores de uma nova geração como você, os Motoloucos e outros, dividindo ringue com lutadores de uma geração bem anterior, de shows televisionados e etc, como Mozart, Fumanchu, Bob Leo e Caipira Dom Afonso. Como é subir no ringue com eles? Pois até mesmo o estilo de combate é diferente. E como é essa relação entre as 2 gerações fora do ringue?
SuperSonic: Subir no ringue com eles é uma maravilha! Os melhores combates saem nestas horas, pois parecem adultos ensinando crianças a andar. No momento do combate te ensinam coisas, te elogiam, te xingam, conversam. Tem de tudo um pouco, é são ótimas experiências. É nessa hora que um lutador torna-se um verdadeiro lutador, pois aprende na prática o que é a luta livre.
Jack: Quando se trata da geração de ouro da luta-livre nacional, temos muitas histórias boas e muitas histórias de sucesso. Lembramos que Galvão Bueno já narrou luta-livre e a audiência de um bom combate já ganhou do fantástico. No final dos anos 50 e durante os anos 60, já chegamos a ter vários canais transmitindo a luta livre como TV Excelcior, TV Globo e Bandeirantes com o Bolinha.
Jack: Pois é. Hoje o quadro da luta livre é muito promissor. A BWF tem feito um trabalho de renovação fenomenal que deixa os fãs todos suspirando e ansiosos. Com certeza a federação já tem inúmeros torcedores pelo sucesso dela! Fico feliz em saber que personagens importantes da nossa história como a Caveira e o Fantomas, porque vemos que está tudo em boas mãos. Também sabemos que a BWF vem com inúmeras novidades como já vem sendo anunciado no BWF Combate, como ser televisionada em SP e os novos títulos no futuro. Já se imaginou com um cinturão SuperSonic? Precisa já ir pensando se vai carrega-lo na cintura, no peito ou nas mãos mesmo para a entrada no ringue rs..
SuperSonic: Olha, essa é complicada ein? Que lutador não se vê com um cinturão?! (risos). Eu sempre tive o sonho de ser Cruiserweight Champion na WWE. Era uma meta de vida, até que infelizmente o título foi tirado de circulação.
Jack: Sobre esses bastidores da luta-livre, sabemos que no Brasil temos diversos fatores que complicam a coisa. Principalmente com relação a produção do show, já que tudo é muito caro. Mas uma coisa que é interessante mostrar a todos é sobre como vocês conseguem superar esses problemas. Por exemplo, no Brasil não há lojas especializadas em Wrestling. Sendo assim, como é produzido o ringue? E os figurinos não usuais, como a sua máscara? É necessário importar?
SuperSonic: O ringue tem que ser sob encomenda. Inclusive os mais atuais, aos moldes americanos, foram, digamos, instituídos no Brasil através do Bob Jr, que fez para o programa BWF quando ia ao ar pela Band. Atualmente este ringue, o melhor do Brasil em minha opinião, está com a equipe Gigantes do Ringue. Nunca tive oportunidade de lutar nele, mas pelas imagens, estrutura e pelo que falam dele, parece ser de um nível inigualável.
Quanto às roupas e equipamentos, temos que dar o jeitinho brasileiro. Cotoveleiras e joelheiras de voleibol ou futsal são bem vindas (risos). As botas, ou sapatilhas, são feitas sob encomenda, aqui no Brasil mesmo, ou compra-se uma bota a seu gosto e adapta. Eu mesmo até hoje uso uma bota que tem minha idade, e que já foi usada por diversos lutadores. O detalhe é que é quatro números maiores que meu pé, o que atrapalha um pouco na hora dos combates. Ainda não tenho a minha pois é meio caro para mandar fazer, e como sou super grande, fico dançando nas botas, (risos).
Jack: O bom de você falar isso é pra que todos nós possamos ver quantos fatores são essenciais para que um combate de luta-livre ocorra com os lutadores dando o máximo de si, como qualidade do ringue, cordas e entrosamento. Tem gente que acha que é só subir e mandar brasa, que fique bem claro que não é rs.. Bom, ainda nestes fatores extra-ringue, gostaria de fazer uma última pergunta.
Sabemos que a luta livre é um esporte desgastante, pois além da técnica apurada para aplicar os movimentos de forma correta, exige também resistência a dor contra certos movimentos, técnicas de queda para saber receber "armdrags" e outros, além é claro do preparo físico para aguentar um combate inteiro sem "colocar a língua pra fora". Quais atividades paralelas ao treinamento, como musculação ou alguma arte-marcial, você julga importante para preparar melhor o lutador para o tranco? E quais delas você pratica?
SuperSonic: Essa é uma questão bem complexa, pois meu conhecimento é centrado na luta livre. Já treinei, nestes cinco anos de luta livre, musculação, ginástica olímpica, um pouco de hapkido e fiz algumas aulas de judô, além de jogar futebol americano e outros, mas para você ser lutador de luta livre, é só treinando a luta livre propriamente dita.
Outras artes marciais podem sim te preparar, com condicionamento, algumas quedas, golpes que você pode incorporar ao seu estilo, mas acho que acima de tudo, falando por experiência própria, acima de qualquer preparo você tem que ter amor à o que faz, para suportar as dores, respeito com você e com seu oponente, para evitar acidentes, e acima de tudo ser profissional, se cuidar, se preservar e procurar sempre melhorar no que for possível.
E é claro tem que ter espírito esportivo e ser meio maluco. Muito se vê lutadores que não gostam de literalmente apanhar em cima do ringue, e se você da uma chave ou uma pancada um pouco mais “real”, a pessoa chia. Eu já sou da linha “está no ringue, está lutando, é pra valer”, e gosto tanto de vender pancadas bem realizadas como dar pancadas o mais real possível, afinal, somos do ramo de entretenimento e todos sabem o fundamento da luta livre, mas como eu faço pelo esporte e sempre fui fã de lutas não vejo nada de ruim em elevar o nível das pancadas nos combates.
Jack: SuperSonic, muito obrigado pela ótima entrevista. Com certeza todos aprendemos muito sobre a realidade do mundo da luta-livre com palavras de alguém que está dentro dela, como você. Ficam os desejos de sucesso do TIW e saiba que vejo em você um dos lutadores mais promissores dessa nova fase da luta livre brasileira. Continue com o seu jeito maluco pois está dando certo, buscando a sua identidade no ringue e botando pra quebrar. Caso queira dar algum recado final, o espaço é seu.
SuperSonic: Considerações finas?! Ok.
Obrigado mais uma vez pelo espaço, parabéns pelo vosso trabalho e obrigado pela confiança! A estrada até me tornar um profissional é longa, mas com vosso apoio e com a grande base que tenho na BWF, com os melhores do ramo para me guiar, creio que quebrarei muitas barreiras ainda.
E você que esta aí lendo, rindo ou chorando de nossa realidade, coloque em mente uma coisa: A hora de inovar e agora! Academia da BWF está vindo ai e será um prazer ter todo e qualquer ser humano que quer o bem da luta livre treinando conosco.
A BWF está de portas abertas a mudanças, e se eu consegui, todo sonhador a amante da luta livre consegue, basta lutar pelos seus ideais!
Fiquem seguros, não se matem brincando em casa (eu já fiz muito disso, mas não aconselho...) e vamos todos juntos rumo à evolução da luta livre nacional!
SuperSonic é um lutador que faz parte do time de Rey Mysterio, El Generico, Blue Demon e El Santo: Um lutador máscarado, que tem como característica sua agilidade e vôos no ringue. Nesta entrevista falamos sobre como é o treinamento de um lutador de luta-livre, da infra-estrutura da luta-livre brasileira, passado, presente e futuro do wrestling nacional, entre outros temas.
Nós do This is Wrestling pretendemos cada vez mais trazer este tipo de conteúdo exclusivo e abraçar a cobertura Luta-Livre brasileira como mais um de nossos objetivos.
Confiram a entrevista na continuação do post.
Jack: Seja bem vindo ao TIW SuperSonic. Sabemos que você é fã da luta livre há muito tempo e que a conheceu através dos video-games, como tantos outros. Mas como foi que você começou os seus treinamentos? E onde?
SuperSonic: Primeiramente agraço pelo espaço cedido e parabéns pelo excelente trabalho que não só vocês, mas diversos blogs sobre luta livre vem fazendo.
Eu sou BWF de carteirinha, desde o primeiro dia que vi a academia. Isto poderia ter sido mudado caso a política de outras equipes nacionais não fosse tão centrada e estereotipada como acontece, o que impediu que eu iniciasse meus treinamentos anteriormente. Mas como diz o ditado. “tudo vem na hora certa.”
Conhecida nacionalmente como Campeões do Ringue, a academia da equipe do Bob Jr localizava-se na Rua Pantojo, na Água Rasa, São Paulo - SP, há anos e anos, mas eu jamais imaginara que estava tão perto da academia. (moro a alguns quarteirões do antigo centro de treinamento)
Certo dia meu primo me convidou para ir conhecer a academia, onde o pai dele havia treinado luta livre quando era rapaz, e eu, com meus 17 anos, fã de luta livre desde os 10, quando conheci os jogos da WWF, fui tão feliz quanto uma criança que vai à loja de brinquedos comprar seu brinquedo mais desejado.
Certo dia meu primo me convidou para ir conhecer a academia, onde o pai dele havia treinado luta livre quando era rapaz, e eu, com meus 17 anos, fã de luta livre desde os 10, quando conheci os jogos da WWF, fui tão feliz quanto uma criança que vai à loja de brinquedos comprar seu brinquedo mais desejado.
Cheguei lá e vi grandes astros e alguns ídolos meus treinando, mas o próprio Bob Jr, até aquele devido instante, jamais havia visto. Em questão de semanas eu já estava me adaptando aos treinos, e mesmo sofrendo com dores e cansaço. Jamais desistia, e todos lutadores da BWF, hoje meus amigos além de tudo, sempre motivavam não só eu mas meu irmão e alguns amigos à avançar sempre
Jack: Então você não é o primeiro lutador da família! Tome cuidado para não receber um convite de Randy Orton para se juntar a Stable rs.. E como é a rotina de treinamentos de um praticante da luta-livre?
SuperSonic: Sim, sou o primeiro. Meus pais e avós curtiam assistir, são fãs incondicionais de Ted Boy Marino, mas não gostam muito da idéia de eu fazer parte.
Bom, para mim, inicialmente os treinamentos foram um massacre, mas não por que é um devido massacre, e sim porque eu jamais havia treinado qualquer modalidade esportiva, então estava começando tudo do zero.
No começo pegávamos muito pesado em condicionamento físico e até musculação. Eu comecei a treinar para ganhar resistência e massa corpórea, pois eu era bem esguio. Depois se começa a aprender as quedas, que é onde muitos desistem devido a inúmeros treinamentos repetitivos e desgastantes, e conforme o aperfeiçoamento e costume com as quedas, aprendemos os primeiros golpes. Em seguida, lá para o 6º mês de treinamento, vem a parte mais divertida, a mescla de tudo, onde você sobe no ringue e coloca em pratica o que sabe e absorve mais de pessoas mais experientes. Tive o privilegio de treinar com Caipira Dom Afonso, Indio Comanche, Jeca Tatu Cardoso, Vingador, Xandão, Brutus, Mario Boy, Tony Smith, Nino Mercury, Bob Léo e vários outros grandes fenômenos da luta livre nacional, sem citar é claro meu mentor Bob Jr e meus amigos Cachorrão, Vira-Lata, Pecus, Twister e vários outros já conhecidos no ramo.
No geral, tem que arrumar um tempo dentre faculdade, serviço, família e amigos e dedicar-se a seu corpo e sua mente, pois subir num ringue e fazer um show de qualidade não é fácil como parece.
No geral, tem que arrumar um tempo dentre faculdade, serviço, família e amigos e dedicar-se a seu corpo e sua mente, pois subir num ringue e fazer um show de qualidade não é fácil como parece.
Jack: Só nome de respeito. Grandes lutadores que todos precisam conhecer mais de perto. Ainda espero assistir um combate de Nino Mercury ao vivo.
SuperSonic: Com certeza verá... ele só para quando colocarem-o à 7 palmos abaixo da terra. Exemplo de atleta, exemplo de vida. E ai de quem fala mal da luta livre pra ele (risos)
Jack: Sem dúvidas. É um grande herói para todos os fãs da luta-livre. Aproveitando a deixa, no quadro atual da luta-livre nacional, vemos lutadores de uma nova geração como você, os Motoloucos e outros, dividindo ringue com lutadores de uma geração bem anterior, de shows televisionados e etc, como Mozart, Fumanchu, Bob Leo e Caipira Dom Afonso. Como é subir no ringue com eles? Pois até mesmo o estilo de combate é diferente. E como é essa relação entre as 2 gerações fora do ringue?
SuperSonic: Subir no ringue com eles é uma maravilha! Os melhores combates saem nestas horas, pois parecem adultos ensinando crianças a andar. No momento do combate te ensinam coisas, te elogiam, te xingam, conversam. Tem de tudo um pouco, é são ótimas experiências. É nessa hora que um lutador torna-se um verdadeiro lutador, pois aprende na prática o que é a luta livre.
De uma média de 40 lutas que tenho nestes dois anos e meio que luto em praticamente todos os shows promovidos pelas equipes englobadas na BWF, mais da metade são com lutadores mais antigos (mais experientes seria muito pretensioso de minha parte. Estou engatinhando nos ringues, todos da equipe tem mais experiência que eu (risos) ), e é nestes combates que aprendo o que nenhum treino ensina. Não desmerecendo os mais jovens, mas eles mesmos podem comprovar este aprendizado.
Fora do ringue vejo todos sempre muito alegres e com uma amizade muito forte. Eu mesmo mantenho-me mais quieto, em meu canto. Até me zoam de “mudo”, pois falo pouco e me reservo a brincar e puxar assunto só com os mais próximos. Todos se respeitam muito e separam bem a vida social da vida de lutador, e chega a ser cômico alguns momentos de descontração com todos juntos.
Jack: Isso na maioria das vezes não é? Pois lembro que alguém, acho que o Vira-Lata, confessou ter medo de encontrar o Caboclo Selvagem andando na rua hahaha
SuperSonic: hahaha realmente, tem uns que assustam
Jack: Isso na maioria das vezes não é? Pois lembro que alguém, acho que o Vira-Lata, confessou ter medo de encontrar o Caboclo Selvagem andando na rua hahaha
SuperSonic: hahaha realmente, tem uns que assustam
Jack: Quando se trata da geração de ouro da luta-livre nacional, temos muitas histórias boas e muitas histórias de sucesso. Lembramos que Galvão Bueno já narrou luta-livre e a audiência de um bom combate já ganhou do fantástico. No final dos anos 50 e durante os anos 60, já chegamos a ter vários canais transmitindo a luta livre como TV Excelcior, TV Globo e Bandeirantes com o Bolinha.
Nessa época, muitos lutadores decidiram deixar de ser apenas lutadores e criaram suas próprias equipes. Você acha que essa divisão dividiu as forças da luta-livre, atrapalhando o processo de se manter popular?
SuperSonic: Não sou muito ligado a essa parte digamos “administrativa” da coisa toda, mas isso com certeza atrapalha. Como diz o ditado, “em time que esta ganhando não se mexe”. Cada um resolveu ir para seu lado e olhar para seu bolso e sua fama, e isso com certeza tirou grande prestigio da luta livre e parcialmente apagou esta maravilha de espetáculo da cultura nacional.
Jack: Todos sempre citam "empresários ruins" como o maior problema da luta livre, já que a paixão sempre existiu e os lutadores também. Em sua opinião, como exatamente esses "empresários ruins" prejudicaram a luta livre, com reflexos até hoje?
SuperSonic: Como já disse acima, não sou muito ligado a esta parte do show, mas como é natural do ser humano, quando muita gente quer ser “chefe”, acabam acontecendo brigas.
Diretamente relacionado à minha pessoa, já tive a infelicidade de viajar para fazer shows e não receber os cachês propostos, às vezes nem receber nada. Agora basta ligar as coisas: Se um dito “dono de equipe” não paga nem o profissional que vai lhe prestar serviços, como este será um bom empresário?
SuperSonic: Não sou muito ligado a essa parte digamos “administrativa” da coisa toda, mas isso com certeza atrapalha. Como diz o ditado, “em time que esta ganhando não se mexe”. Cada um resolveu ir para seu lado e olhar para seu bolso e sua fama, e isso com certeza tirou grande prestigio da luta livre e parcialmente apagou esta maravilha de espetáculo da cultura nacional.
Jack: Todos sempre citam "empresários ruins" como o maior problema da luta livre, já que a paixão sempre existiu e os lutadores também. Em sua opinião, como exatamente esses "empresários ruins" prejudicaram a luta livre, com reflexos até hoje?
SuperSonic: Como já disse acima, não sou muito ligado a esta parte do show, mas como é natural do ser humano, quando muita gente quer ser “chefe”, acabam acontecendo brigas.
Diretamente relacionado à minha pessoa, já tive a infelicidade de viajar para fazer shows e não receber os cachês propostos, às vezes nem receber nada. Agora basta ligar as coisas: Se um dito “dono de equipe” não paga nem o profissional que vai lhe prestar serviços, como este será um bom empresário?
Não luto por dinheiro, até porque infelizmente é praticamente impossível viver de luta livre em nosso país, mas questões éticas são colocadas em jogo, e se eu fosse um grande empresário garanto que não investiria em um show comandado por irresponsáveis.
Sou fã e faço parte da BWF porque nunca me faltaram com nada, e a equipe responsável de cada setor dentro da empresa arca com suas responsabilidades sem deixar à desejar, tudo dentro dos conformes, até onde está à vosso alcance, é claro.
Sou fã e faço parte da BWF porque nunca me faltaram com nada, e a equipe responsável de cada setor dentro da empresa arca com suas responsabilidades sem deixar à desejar, tudo dentro dos conformes, até onde está à vosso alcance, é claro.
Jack: Pois é. Hoje o quadro da luta livre é muito promissor. A BWF tem feito um trabalho de renovação fenomenal que deixa os fãs todos suspirando e ansiosos. Com certeza a federação já tem inúmeros torcedores pelo sucesso dela! Fico feliz em saber que personagens importantes da nossa história como a Caveira e o Fantomas, porque vemos que está tudo em boas mãos. Também sabemos que a BWF vem com inúmeras novidades como já vem sendo anunciado no BWF Combate, como ser televisionada em SP e os novos títulos no futuro. Já se imaginou com um cinturão SuperSonic? Precisa já ir pensando se vai carrega-lo na cintura, no peito ou nas mãos mesmo para a entrada no ringue rs..
SuperSonic: Olha, essa é complicada ein? Que lutador não se vê com um cinturão?! (risos). Eu sempre tive o sonho de ser Cruiserweight Champion na WWE. Era uma meta de vida, até que infelizmente o título foi tirado de circulação.
Eu sonho em um dia ser campeão da BWF, título maior dentre os que ouvi estar no planejamento. Caso haja alguma divisão de pesos leves, to dentro! Não me vejo como campeão de duplas, pois desde que meu irmão desistiu de treinar, fiquei um “guerreiro solitário”, mas é uma possibilidade, porque não?!
Jack: Sobre esses bastidores da luta-livre, sabemos que no Brasil temos diversos fatores que complicam a coisa. Principalmente com relação a produção do show, já que tudo é muito caro. Mas uma coisa que é interessante mostrar a todos é sobre como vocês conseguem superar esses problemas. Por exemplo, no Brasil não há lojas especializadas em Wrestling. Sendo assim, como é produzido o ringue? E os figurinos não usuais, como a sua máscara? É necessário importar?
SuperSonic: O ringue tem que ser sob encomenda. Inclusive os mais atuais, aos moldes americanos, foram, digamos, instituídos no Brasil através do Bob Jr, que fez para o programa BWF quando ia ao ar pela Band. Atualmente este ringue, o melhor do Brasil em minha opinião, está com a equipe Gigantes do Ringue. Nunca tive oportunidade de lutar nele, mas pelas imagens, estrutura e pelo que falam dele, parece ser de um nível inigualável.
Quanto às roupas e equipamentos, temos que dar o jeitinho brasileiro. Cotoveleiras e joelheiras de voleibol ou futsal são bem vindas (risos). As botas, ou sapatilhas, são feitas sob encomenda, aqui no Brasil mesmo, ou compra-se uma bota a seu gosto e adapta. Eu mesmo até hoje uso uma bota que tem minha idade, e que já foi usada por diversos lutadores. O detalhe é que é quatro números maiores que meu pé, o que atrapalha um pouco na hora dos combates. Ainda não tenho a minha pois é meio caro para mandar fazer, e como sou super grande, fico dançando nas botas, (risos).
Quanto às calças e camisetas, nada que o bom e velho Brás não ajude. É só comprar o tecido e levar a uma costureira de confiança.
Já o lance das máscaras da uma grande dor de cabeça. Minha primeira máscara era a máscara do saudoso Vingador, que eu adaptei dois dias antes da minha estréia. Lembro-me quena primeira aparição usei a máscara adaptada, uma camiseta amarela com as mangas desfiadas, ao estilo mexicano, a calça com a qual treinava, uma bota branca emprestada e luvas. Depois usava a mesma máscara, agora sem uns detalhes amarelos que eu havia colocado, com uma camiseta que o Bob jr usava nas lutas quando tinha 16 anos mais ou menos, a calça do uniforme escolar da minha namorada que combinava com meu personagem, junto de uma luva que eu havia encontrado nas minhas tralhas e um cinto que eu mesmo confeccionei de cetim, baseado no cinto do lutador Sabu.
Em seguida eu mesmo fiz uma nova máscara, em casa, preta e branca com detalhes vermelhos, baseada na máscara do Rey Mysterio, e com esta eu usava a mesma vestimenta anterior, até que num dia decidi usar apenas uma calça preta, mais simples. Algum tempo depois assisti alguns combates do japonês Kendo Kashin, e fiz a máscara com o topo aberto, para personalizar um penteado acompanhando a idéia do personagem. Acabei ela meio atrasado, por isso ficou sem metade dos detalhes que eu pretendia colocar. Esta acompanhava a mesma vestimenta antiga, mais simples também. No ano passado meu irmão foi à Galeria do Rock, e me trouxe fotos de máscaras de luta livre importadas do México. Sem pensar duas vezes, peguei meu cartão de crédito e no dia seguinte estava com ela na costureira, adaptando pro tamanho da minha cabeça.
A alteração nesta roupagem de agora foi baseada numa foto que vi do Mistico, onde ele usava um bracelete ligado à luva e às cotoveleiras. Por fim, desenhei esta ultima, baseada no desenho Mucha Lucha, e minha tia fez o conjunto calça e máscara, que é o que uso atualmente (e minhas orelhas arderam bastante, pois deu um super trabalhão e ela num gostou muito (risos).).
Ainda não estou satisfeito, e uma nova e provável definitiva vestimenta já está em produção.
Jack: É realmente impressionante a montanha de trabalho que existe para se produzir um show de luta livre. Eu admiro muito o amor pela luta-livre dos membros das federações brasileiras. O Bob Jr como maestro da BWF, cuidando da produção dos shows e personagens, chegando a produzir os ringues..uau, é impressionante. Digo até mais, é cativante. Não é para qualquer um não. Pena que o melhor ringue não está com vocês, mas vocês conseguirão um ringue tão bom no futuro. E você pode ter certeza que mesmo sem o ringue, a nossa admiração está com vocês. Usar a máscara do Vingador deve ter sido incrível. Um grande base dos anos 70-90. Grandes histórias com os uniformes rs..
A alteração nesta roupagem de agora foi baseada numa foto que vi do Mistico, onde ele usava um bracelete ligado à luva e às cotoveleiras. Por fim, desenhei esta ultima, baseada no desenho Mucha Lucha, e minha tia fez o conjunto calça e máscara, que é o que uso atualmente (e minhas orelhas arderam bastante, pois deu um super trabalhão e ela num gostou muito (risos).).
Ainda não estou satisfeito, e uma nova e provável definitiva vestimenta já está em produção.
Jack: É realmente impressionante a montanha de trabalho que existe para se produzir um show de luta livre. Eu admiro muito o amor pela luta-livre dos membros das federações brasileiras. O Bob Jr como maestro da BWF, cuidando da produção dos shows e personagens, chegando a produzir os ringues..uau, é impressionante. Digo até mais, é cativante. Não é para qualquer um não. Pena que o melhor ringue não está com vocês, mas vocês conseguirão um ringue tão bom no futuro. E você pode ter certeza que mesmo sem o ringue, a nossa admiração está com vocês. Usar a máscara do Vingador deve ter sido incrível. Um grande base dos anos 70-90. Grandes histórias com os uniformes rs..
Mas voltando as suas atuações no ringue SuperSonic, sabemos que os seus movimentos são muito baseados na luta livre mexicana, o que é um diferencial no Brasil. Hurricanranas na terra do Drápis. Como foi o aprendizado destes movimentos mexicanos, que não são dominados por outros lutadores do Brasil? E qual movimento dentro do seu arsenal é o seu preferido?
SuperSonic: É até engraçado a história de meus movimentos e estilo no ringue. Quando comecei já era fã do Rey Mysterio, mas visava uma mescla de Dudley com Hardy Boyz, já máscarado, nada a ver com o que sou. Mas como meu irmão abandonou o barco, decidi explorar mais o lado mexicano.
SuperSonic: É até engraçado a história de meus movimentos e estilo no ringue. Quando comecei já era fã do Rey Mysterio, mas visava uma mescla de Dudley com Hardy Boyz, já máscarado, nada a ver com o que sou. Mas como meu irmão abandonou o barco, decidi explorar mais o lado mexicano.
O Bob Jr desde que entrei nos treinamentos já me viu fazendo um personagem mexicano, pela estatura, modo de agir, atuação no ringue e etc, e ele mesmo me ajudou e muito com os movimentos. Outros como Tony Smith, Cachorrão e Xandão também me deram uma boa base de bastante coisa.
Mas o grande diferencial era quando treinavamos somente eu e mais alguns alunos, sem o Bob Jr ou outro “responsável” por perto puxando o treinamento, pois aproveitávamos o tempo para treinar as loucuras que assistíamos na CMLL e AAA.
Hoje em dia cada lutador treina em seu local, com seu ringue e sua equipe, e quando todos nos juntamos para fazer o show, complica de colocar coisas legais, pois um não sabe o que o outro faz, e por isso muitos se rendem a fazer apenas o arroz com feijão. Às vezes da medo de tentar inovar em saber até onde o outro é capaz, o que ajuda mais ainda a limitar as acrobacias.
A academia da BWF até onde sei já está para ser inaugurada, e será uma boa oportunidade de todos treinarmos juntos e criarmos um senso melhor de o que podemos fazer, ajudar uns aos outros a mudar seu estilo de luta ou simplesmente adaptar coisas novas.
Hoje em dia cada lutador treina em seu local, com seu ringue e sua equipe, e quando todos nos juntamos para fazer o show, complica de colocar coisas legais, pois um não sabe o que o outro faz, e por isso muitos se rendem a fazer apenas o arroz com feijão. Às vezes da medo de tentar inovar em saber até onde o outro é capaz, o que ajuda mais ainda a limitar as acrobacias.
A academia da BWF até onde sei já está para ser inaugurada, e será uma boa oportunidade de todos treinarmos juntos e criarmos um senso melhor de o que podemos fazer, ajudar uns aos outros a mudar seu estilo de luta ou simplesmente adaptar coisas novas.
O grande empecilho nisso tudo infelizmente ainda é o ringue, pois com uma estrutura que não é tão resistente como devia acaba cedendo, o que afrouxa as cordas e atrapalha demasiadamente meu trabalho e de outros high flyers. Desde pegar o impulso necessário ao apoio para execução de manobras como o 619 é dificultado, por isso acaba perdendo a plasticidade de muita coisa, pois com medo de acidentes graves como já vi ocorrer, me seguro um pouco mais e me limito, ai os movimentos saem lentos, desagradáveis.
Eu gosto de tudo o que faço. Mais do que executar, eu realizo sonhos e metas à cada golpe que faço. Mas posso citar três em especial, que são o Frog Splash, que já executo há anos, baseado em outro ídolo, Rob Van Dam, o 619, por ser a marca registrada de meu ídolo maior na luta livre, e a headscissors do topo da ultima corda, que é um com o qual sempre delirava ao ver o Rey Rey fazendo nos combates na WCW e ECW.
Jack: O bom de você falar isso é pra que todos nós possamos ver quantos fatores são essenciais para que um combate de luta-livre ocorra com os lutadores dando o máximo de si, como qualidade do ringue, cordas e entrosamento. Tem gente que acha que é só subir e mandar brasa, que fique bem claro que não é rs.. Bom, ainda nestes fatores extra-ringue, gostaria de fazer uma última pergunta.
Sabemos que a luta livre é um esporte desgastante, pois além da técnica apurada para aplicar os movimentos de forma correta, exige também resistência a dor contra certos movimentos, técnicas de queda para saber receber "armdrags" e outros, além é claro do preparo físico para aguentar um combate inteiro sem "colocar a língua pra fora". Quais atividades paralelas ao treinamento, como musculação ou alguma arte-marcial, você julga importante para preparar melhor o lutador para o tranco? E quais delas você pratica?
SuperSonic: Essa é uma questão bem complexa, pois meu conhecimento é centrado na luta livre. Já treinei, nestes cinco anos de luta livre, musculação, ginástica olímpica, um pouco de hapkido e fiz algumas aulas de judô, além de jogar futebol americano e outros, mas para você ser lutador de luta livre, é só treinando a luta livre propriamente dita.
Outras artes marciais podem sim te preparar, com condicionamento, algumas quedas, golpes que você pode incorporar ao seu estilo, mas acho que acima de tudo, falando por experiência própria, acima de qualquer preparo você tem que ter amor à o que faz, para suportar as dores, respeito com você e com seu oponente, para evitar acidentes, e acima de tudo ser profissional, se cuidar, se preservar e procurar sempre melhorar no que for possível.
E é claro tem que ter espírito esportivo e ser meio maluco. Muito se vê lutadores que não gostam de literalmente apanhar em cima do ringue, e se você da uma chave ou uma pancada um pouco mais “real”, a pessoa chia. Eu já sou da linha “está no ringue, está lutando, é pra valer”, e gosto tanto de vender pancadas bem realizadas como dar pancadas o mais real possível, afinal, somos do ramo de entretenimento e todos sabem o fundamento da luta livre, mas como eu faço pelo esporte e sempre fui fã de lutas não vejo nada de ruim em elevar o nível das pancadas nos combates.
Jack: SuperSonic, muito obrigado pela ótima entrevista. Com certeza todos aprendemos muito sobre a realidade do mundo da luta-livre com palavras de alguém que está dentro dela, como você. Ficam os desejos de sucesso do TIW e saiba que vejo em você um dos lutadores mais promissores dessa nova fase da luta livre brasileira. Continue com o seu jeito maluco pois está dando certo, buscando a sua identidade no ringue e botando pra quebrar. Caso queira dar algum recado final, o espaço é seu.
SuperSonic: Considerações finas?! Ok.
Obrigado mais uma vez pelo espaço, parabéns pelo vosso trabalho e obrigado pela confiança! A estrada até me tornar um profissional é longa, mas com vosso apoio e com a grande base que tenho na BWF, com os melhores do ramo para me guiar, creio que quebrarei muitas barreiras ainda.
E você que esta aí lendo, rindo ou chorando de nossa realidade, coloque em mente uma coisa: A hora de inovar e agora! Academia da BWF está vindo ai e será um prazer ter todo e qualquer ser humano que quer o bem da luta livre treinando conosco.
A BWF está de portas abertas a mudanças, e se eu consegui, todo sonhador a amante da luta livre consegue, basta lutar pelos seus ideais!
Fiquem seguros, não se matem brincando em casa (eu já fiz muito disso, mas não aconselho...) e vamos todos juntos rumo à evolução da luta livre nacional!
Ei Jack, como você conseguiu uma façanha dessas!
Esse era o tal furo de reportagem inovador que tinhas me falado!
Realmente fiquei impressionado com a entrevista. Já havia acompanhado algo da BWF e já tinha ouvido falar do tal SuperSonic e gostei muito da entrevista.
Deu para conhecer além do wrestler SuperSonic, a BWF em si, os bastidores, a dificuldade em geral.
Acho que agora serei um fã da luta-livre brasileira!
Eu, do TIW, mando os meus parabéns ao SuperSonic e ao Jack por ter feito algo inovador(ou pode ser plágio de alguém asdhasidhsadias).
Antes de comentar qualquer coisa, preciso parabenizá-lo pela excelente busca e pela excelente entrevista feita com o SuperSonic. É importante sabermos que ainda existem pessoas que consideram e se importam com a luta-livre nacional, mesmo esta estando nas piores situações que poderíamos ver.
A luta-livre nacional certamente não voltará a ter seus tempos áureos tão cedo, se é que eles vão voltar. Entretanto, se batalharmos forte, divulgando, assistindo vídeo e outras coisas do tipo. A GDR pode ajudar muito nesse sentido, assim como a BWF. Eu, como muitos outros amigos, ainda acredito que um dia teremos um programa de luta-live televisionado nas emissoras abertas.
A Rede TV, poderia ser muito bem uma saída, onde começaríamos a ver e os telespectadores tomariam suas decisões em busca de uma melhor transmissão.
Enfim, termino meu comentário parabenizando-o pela iniciativa!
Bem legal...
o Sonic ta ficando Pop dando entrevistas em tudo que é site huahua!
Bem provavelmente ano que vêm estarei em SP e...bem onde eu irei treinar...huahua!
Muito Bom, parabens aos dois, otima iniciativa e espero que mais coisas do tipo venham.
Álias, se não fosse tão longe da minha casa eu com certeza ia participar dos treinos e dar meu apoio.
sou fã de bwf vocês do blog podiam postar os combates
King,
"É importante sabermos que ainda existem pessoas que consideram e se importam com a luta-livre nacional, mesmo esta estando nas piores situações que poderíamos ver."
Discordo demais disso! A Luta Livre nacional já passou pela sua pior fase, hoje em dia está em um renascimento incrível! Muita coisa tem sido adicionada e a qualidade está mudando muito. Hoje em dia vemos o leque de movimentos de todos lutadores crescendo bastante, já tivemos inclusive uma promo! Fora que estamos em uma época onde o cinturão brasileiro está em jogo, coisa que não ocorria há tempos. Tanto assim é que em breve veremos os novos títulos da luta-livre nacional, até mesmo títulos que nunca existiram. É aguardar e torcer pra ver.
Acompanhar nomes como Mozart, Bob Jr, Capiria Dom Afonso e companhia é simplesmente fenomenal. No último BWF exibiram um combate do Mr Argentina, que é um lutador muito técnico mesmo!
"A luta-livre nacional certamente não voltará a ter seus tempos áureos tão cedo, se é que eles vão voltar. Entretanto, se batalharmos forte, divulgando, assistindo vídeo e outras coisas do tipo. A GDR pode ajudar muito nesse sentido, assim como a BWF. Eu, como muitos outros amigos, ainda acredito que um dia teremos um programa de luta-live televisionado nas emissoras abertas."
Eu já acredito que a luta-livre nacional poderá evoluir muito. Sinceramente não espero que da noite pro dia a coisa "bombe", pois quando empolga muito rápido, a empolgação passa e morre rápido também. Mas acredito que trabalhando direitinho, com as inovações no tempo certo e amadurecimento, em breve teremos muita luta-livre de respeito aqui no solo nacional.
E sobre emissoras abertas, a BWF irá voltar em uma emissora aberta já em 2009, porém somente em São Paulo. E não é nem questão de "falta de espaço" somente, pois existem alguns canais já inclinados a ter a luta-livre. O problema é o custo da produção do show e do alguel do espaço na Tv que é muito caro e sinceramente, se esse dinheiro puder ser melhor usado na produção de shows e na base da federação ao invés de ser usado na TV, estou dentro!
O Ring of Honor mesmo faz isso. Ao invés de gastar sua grana na TV, está aí se mantendo há anos como uma grande federação, graças a investir no seu patrimônio, até que um dia, sem pressa, chegará a TV.
E eu particularmente tenho uma "mágoa" com o GdR, pois além das transmissões não começarem no dia anunciado, até hoje não saiu nenhum pronunciamento da equipe sobre o que ocorreu. Acidentes ocorrem e não fico triste com o GdR pelo programa não ter saído. Foi uma infelicidade. Só esperava um pouco mais de consideração com o público e uma boa explicação do que aconteceu. Assim como ocorreu quando a BWF adiou o seu projeto de TV 2008. Vieram a público e explicaram tudo muito bem. Essa identificação e valorização do público me faz ser cada fez mais fiel a equipe.
"A Rede TV, poderia ser muito bem uma saída, onde começaríamos a ver e os telespectadores tomariam suas decisões em busca de uma melhor transmissão."
A Rede VTV transmite o Supercatch para a baixada santista e interior de São Paulo. Ela é justamente uma filiada da rede TV. Porém concorda comigo que os fãs são críticos e se chegar na TV em um nível abaixo do esperado, a galera já vai se desinteressar?
Tem gente que fala mal da BWF sem conhecer nada, apenas porque viu UM ou DOIS vídeos no YouTube.
Quer saber? Eu lanço a campanha agora: "Eu acredito na Luta-Livre Brasileira" :-)
Pra fechar, agradeço a todos que gostaram da reportagem. Em breve teremos novidades e quem sabe até alguns combates da BWF por aqui.
Um abraço!
Que legal já posso ser lutador pois já sei cair.
Parabéns pela entrevista Jack e Boa Sorte Sonic!
só uma coisa para acrescentar: se junta-se GDR, BWF e SuperCatch a Luta-Livre brasileira e subir mais fácil pois o SuperCatch já é conhecido por SP a BWF e sua transmisoes na AllTV e suas propaganda no Portal da Luta Livre e Michel Serdan foi o o ultimo comentarista de WWE no Brasil e tem a "galera do orkut" para ajudar a dar audiencia.
que tal fazermos um abaixo-assinado e mandar a todas as TVs para apoiarem mais a Luta-Livre nacional?
Jack saiba que estou com você para apoiar a Luta-Livre!
a GDR tem qualidade tecnica mais infelizmente nao tem a mesma qualidade administrativa
eu vi a promo e ficou ateh boa para a primeira promo
e Outra coisa quando tiver a luta pelo Cinturão Brasileiro entre Mozart e Bob Léo por favor poste o vídeo se achar soh perderei essa luta se nao colocarem na net
Será colocada sim Jardel!
O SuperCatch e a BWF são parceiras, os lutadores de uma participam do show da outra sem problema algum. Eles não são parceiros do GdR, mas daí é um outro papo que eu não vou nem tentar explicar, pois sei muito por alto e certamente eu seria injusto.
Só sei que estou torcendo pelo Mozart :-D
E seja qual for a equipe que venha a TV: BWF, GdR ou as duas, só sei que eu vou assistir.
Me esculhachô geral, né Juca?
se o Mozart ganhar eu acho q o Bob Jr. vai vingar seu pai e ficar com o cinturão
para de mimimi King parece até o Rolf desse jeito
HUAuhaHUAAhahuA Po King, esculachei não cara. É que do jeito que você escreveu, poderiam entender que a coisa está muito ruim e ficando cada vez pior. E aí eu achei importante deixar claro que as coisas não estão no nível ideal hoje, porém estão melhorando :-)
Não foi nada pessoal não. Tu sabe que és meu chapa. Tu, Rolfete e Fabio "Billy Gunn" Corbari :-)
Hey, Juca. Rolfete foi boa!hueahueahu! Vc podia por o nome de Juca Entrevista, que nem na ESPN.
ahueahuehauea
Vlw
Ps: Jardel, num esquenta não, eu sou assim mermo..
heauheua
Olha aí, nem falei nada e me botam no meio da história sdahdausidhasd.
"Eu acredito na Luta-Livre Brasileira" [2]
Povo meio explosivo eim...
hehehe!
Bom eu gostava de GDR até participei da promoção de logotipos...
Mas ai eles falaram que a BWF não é luta-livre d everdade...como se só GDR fosse bom...
Bem...isso foi o que aconteceu comigo, o Igor sabe de outras historias podres que não cabe a mim ficar falando...
ah ia me esquecendo
"Eu acredito na Luta-Livre Brasileira" [3]
Raposa, pessoal aqui é tranquilo. Esses que tiveram um "atrito" aí, são todos amigos :-)
FODÁSTICO,
Depois dos anos de ouro, a Luta-livre ficou esquecida, mas graças aos que realmente amam a luta-livre ela está voltando.
A parte que fiquei mais triste foi o Super Sonic dizendo: "Não luto por dinheiro, até porque infelizmente é praticamente impossível viver de luta livre em nosso país".
Fiquei triste não pelo amor a luta-livre demonstrado pelo SuperSonic, mas porque mesmo você sendo um lutador você tem que ter um outro emprego.
O maior desafio da luta-livre, primeiramente é o dinheiro, pois num mundo capitalista sem dinheiro você está ferrado. Os brasileiros, que assistem um show e ficam reclamando "é marmelada" como se as novelas fossem reais. E o domínio do futebol, pois num país como o Brasil, no quesito esporte, empresários só tem olhos para o Futebol e quatro em cada três crianças (\o/) querem ser jogadoras de futebol.
Eu mesmo já assisti um show de Luta-Livre. Na minha cidade a prefeitura dá um cachê à federação Reis do Ringue e os lutadores vão até as escolas, fazem os shows e arrecadam alimentos para caridade. Eu fiquei parecendo uma criança na loja de brinquedos, e fiquei surpreso que mesmo sendo numa noite muito fria, o ginásio lotou, quando entrava o Heel, as crianças xingavam, tacavam bolinha de papel, mostravam o dedo do meio, gritavam, babavam, cuspiam e tinha até um cara que a todo golpe ele pulava mais que as crianças, xingava o cara e ficava louco. Aproveitei e tirei fotos com o Homem Montanha e Bob Leo Jr. que lutou com a camisa da BWF e depois do show ficou segurando o joelho porque acho que estava doendo.
O GDR é uma coisa que me decepciona cada vez mais, primeiro o Michel serdan dá aquela declaração de que só homens fortes servem, desvalorizando completamente os hight-flyers que na época de ouro era eles quem faziam a LL. Depois ele coloca um aviso no site, dai num passa e ele não dá declarações nem nada.
Sobre a união da BWF com a GDR acho que seria difícil, quem ficaria no comando?
PS: A LL era tão popular que no primeiro filme do Didi, era sobre eles ajudarem o Ted Boy Marino.
A LL ainda vai crescer no Brasil!!!
Esse Super Catch é da equipe Bob Léo???
Ele mora aqui na minha cidade (Peruíbe) e faz shows aqui quase todo sabádo...
São eles?
Exatamente Anônimo!
Parabéns Jack, além das Jack-O-Manias tendo contato com um grande exemplo que é o SuperSonic, adorei a aentrevista, depois de le-la ganhei mais esperança encima da luta livre nacional.
Se tiver streams ao vivo e links de programas aqui no TIW eu to sempre dentro para ver.
SCSA passa BWF Combate todo sabado as 14 horas na AllTV e os videos do supercatch tem no site http://www.supercatch.com.br/
Muito boa entrevista Jack. Só cuidado pra ver se num é um charlatão, hehehe
Ele citou poucos dos problemas de bastidores, se reservou mesmo ao problemas lutador/empresa, senão a coisa ia longe, hehehe
Infelizmente GDR e BWF jamais trabalharão juntos, por questões de anos e anos de história, que nem sei se posso citar aqui... mas enfim, só pra manter todos cituados.
Nós da BWF estamos nos empenhando bastante para a luta livre voltar ao topo, e garotos como o Sonic no ringue e pessoas a serem super respeitadas como Bob Jr no comando da equipe com certeza farão a diferença.
Parabéns ao TIW
Oh Meu Deus! Muito bom MESMO...
Me lembro desses dias atrás, eu e Jack assistindo vídeos da BWF, e comentamos.
"Poxa, Esse Super Sonic é muito bom hein! esta inovando muito e tem futuro"...
Ficamos maravilhado com aquilo tudo. heehhe. e agora essa boa entrevista com ele. Excelente;;;
Parabéns SuperSonic, pelo trabalho e técnica, você tem muito futuro, digamos que sou seu fã já..ehhehe, e acho legal você manter o Personagem que é, separar a vida de lutador da vida "normal". Isso é a magia do wreslting, viver dos personagens. parabens mesmo..
E Parabens ao Jack, grande iniciativa e idéia..Wooo
Abs
Huahua!
Quase todo mundo da dos blog de Luta Livre do Brasil comentou aqui...só ta faltando o Marcão!
Ah...Jack, eu sei disso rapaz hehe se tu visse as conversas que tenho com o Igor nem ia achar que somos amigos hehe!
Já tinha visto lutas desses cara, são realmente ótimas. Assistia direto GR na Gazeta, era muito bom ver Falcão, Xandão e principalmente meu ídolo no wrestling nacional Mozart. Essa entrevista foi ótima, meus parabéns. O PW brasileiro tem muito que mostrar ainda, eu tô ansioso para ver o Kafu em ação na WWE, ver a repercussão que irá causar isso :D
Mais uma vez, parabéns Jack.
http://br.youtube.com/watch?v=wY1lx7VPNOw&feature=related
um videozinho pra apreciar..hehehe
Cara fantastica entevista podia ter perguntado pro SuperSonic se ele daria um 619 do silvio santos por ter tirado a WWE do SBT. . .
Primeiramente parabens aos dois por essa entrevista que caiu como luva aos nossos interesses brasileiros no wrestling. Então , já tive a oportunidade de acompanhar inclusive alguns videos do Sonic, e alguns projetos da BWF que como já disse é a federação brasileira que mais leva o esporte a sério, não há o errado preconceito contra lutadores criuserweight ,é conduzida pelo veterano brasileiro Bob Léo, trabalham em um projeto de estruturação do ringue e cenários mas contam com a dificuldade de não ter patrocínios fortes. Apesar desse problema estão trilhando um caminho correto, caminho este bem oposto ao proposto por Michel Serdan, que querendo ou não é um dos nomes se não for o maior nome em questão de ser conhecido no Brasil como um representante da luta livre, isso acaba por retardar um pouco o processo de revitalização da luta livre brasileira no país, já que o "grande representante" a trata porcamente.
Bom seria a próxima entrevista ser com Michel Serdan pra ele dar suas opiniões sobre isso.
Só para cituar o pessoal dos donos das federações:
Gigantes do Ringue = Michel Serdan
Organização do Projeto BWF = Bob Jr
Equipes que fazem parte da BWF:
Campeões do Ringue = Bob Jr
SuperCatch = Bob Léo
Reis do Ringue = Homem Montanha
Fora diversos lutadores da equipe do Nino Mercury, de Santo André, alguns Ex-GDR, alguns da Abraluli e outros "free agent" que lutam para todas federações.
GDR não tem ligação com federação alguma, só ex lutadores de lá e alguns "free agents" que lutam nas demais federações.
Mas e ai...Tem alguma previsão, ou alguma chance do Wrestling Brasileiro ser transmitido em alguma emissora de TV, para cadeia nacional?
Com certeza seria algo muito superior, ao que vemos atualmente nas emissoras de "elite"..
Seria muito bom se viesse a acontecer...Tomara..
abs
E a pergunta que não quer calar...
Por onde anda a FANTOMAS?
nunca mais o vi, clássico..
Não sou vidente e muito menos dono duma fortuna que colocaria a luta livre no ar, mas se tudo caminhar como deve, até 2010 teremos grandes avanços.
Fantomas anda por ai, treinando, louco pra voltar... (e vai... e vai surpreender qqer um...)
Não sei se posso falar do Fantomas...ia acabar com o segredo hehe!
O Fantomas estará em JANEIRO no BWF Combate. :) O Bob já acertou tudo. Ia até trazer antes, mas não deu por causa das férias da allTV.
Muito boa entrevista! Dá gosto ver os blogs cada vez mais apoiando a luta livre nacional. E tenham a certeza de que em breve a situação da luta livre no Brasil vai melhorar (e muito!)
Uau, Fantomas no BWF Combate! Essa eu quero ver! Que maneira de começar o ano :-D
Bom, sobre ser o verdadeiro Sonic ou não, posso dizer que é sim. Consegui falar com o lutador através de um agente da BWF, que facilitou o encontro. Espero que consiga entrevistar outros no futuro, como o Ninja (para delírio do Raposa) por exemplo. Será?
Sobre o Michel Serdan, tentei entrevista-lo uma vez. Ele disse que topava e que precisavamos marcar um dia. Tentei inúmeras vezes retornar o contato, porém nunca mais fui respondido. Tentarei novamente, pois ele sem dúvida é um grande nome da luta livre brasileira e desejo sorte ao GdR. Mas vamos ver se ele irá me responder ou não.