Jack-O-Mania VI

Nos comentários da última Jack-O-Mania, recebi um pedido especial: Fazer um ranking dos 10 melhores lutadores que eu já vi no ringue, ignorando caras como Stu Hart, Buddy Rogers e etc. Nesse ranking, eu deveria levar em consideração não só os títulos, mas os combates marcantes, o estilo de cada um, a habilidade em microfone e promos, além é claro, dos títulos adquiridos.

Com certeza isso vai ser polêmico. Alguns vão concordar, outros vão discordar e outros vão até mesmo me xingar, mas, Jack-O-Mania é isso aí. Para escrever no GranDaddy of Them All, tem que ter disposição.




10º Lugar : The Sandman

Lutadores extremos passam o inferno no ringue. Suas testas são rasgadas por raladores de queijo, suas costas são atingidas por pauladas de Singapore Cane, sua pele é queimada ao ser jogado em mesas em chamas, sua cabeça é torturada por cadeiradas fortes e precisas, enquanto seus ossos se quebram nas inúmeras quedas de alturas inimagináveis direto no chão de concreto. É, acho que todos concordam que ser um lutador extremo não é tarefa fácil. Justamente por não ser para qualquer um, acho que seria muita injustiça passar pela lista dos “Top 10” sem homenagear aqueles que destruíram o seu corpo em nome da nossa sede de sangue e violência. A partir do momento que decidi colocar um lutador extremo aqui, a primeira pessoa que veio na minha cabeça foi o The Sandman e é fácil justificar.

Em primeiro lugar, todos sabem que a federação extrema de maior sucesso e que despertou maiores paixões foi a ECW antiga. Pensando em ECW antiga, impossível não se lembrar do barrigudo beberrão de cerveja que entrava com o bastão de madeira e fazia do ringue um inferno. The Sandman esteve envolvido na maioria dos casos mais polêmicos da Old ECW, lançou diversos tipos de combate e agüentou dores, mesmo que bêbado, que ninguém mais agüentou. Em uma trajetória dessas, foi coroado 5 vezes campeão da ECW, um recorde absoluto. Hoje quando pensamos em ECW, vemos Tommy Dreamer como ícone, mas quem mais ajudou a Dreamer se tornar o ícone extremo que é hoje? The Sandman.

Sendo assim, já temos o nosso 10º colocado na galeria de honra de Jack. Infelizmente The Sandman não servia muito para combates não-extremos e não deu muito certo na WCW/WWE. Não é a toa que The Sandman mesmo sendo uma lenda viva, não continua nas maiores federações, mas ainda arrepia em lugares extremos como a XPW.

The Sandman merece estar na lista por ser o único Extremo de uma época que não voltará jamais.

9º Lugar: Cris Jericho

Chris Jericho é um showman em absoluto. Dentro do seu curriculum, além de ser o primeiro Undisputed Champion (Campeão Unificado, ou seja, detentor de todos os títulos mundiais ao mesmo tempo, no caso o título da WCW e da WWE), também é detentor da incrível marca de oito títulos intercontinentais, se tornando de longe o maior vencedor de títulos intercontinentais da história (Seguido por Jeff Jarret com 6 e Triple H com 5). Além de ganhar campeonatos, Jericho também possui altíssima habilidade tanto no microfone quanto em realizar excelentes promos. As provas disso são, por exemplo, a entrada de Chris Jericho na companhia interrompendo The Rock e a mega-promo da volta de Chris Jericho com o marketing-virtal do “Save_Us”, coisa NUNCA antes vista no wrestling e até mesmo, mais recente, a excelente promo atual com Shawn Michaels. Para finalizar, Chris também é um lutador MUITO técnico, com uma criatividade para criar Finishers absurda. Y2J é um lutador com um arsenal completo de aéreos, grapplings (Agarrões) e etc, como disse antes, um verdadeiro showman, que marcou história na companhia e não poderia ficar de fora do meu top 10.

Talvez você ache que Y2J merecia um lugar mais alto no ranking e eu te digo que talvez merecesse sim. O problema de Y2J é que as vezes ele parece “distante” e o seu abandono ao pro-wrestling para trabalhar em sua banda o afastou um pouco da cena do Main-Event. Apesar dos oito títulos mundiais, Jericho só obteve 2 títulos mundiais na WCW e um na WWE, o que demonstra uma certa dificuldade de Jericho em se sustentar como o personagem principal da companhia, embora sempre ser um personagem de grande importância.

Chris Jericho merece estar na lista devido a sua habilidade em combate e criatividade.

8º Lugar: Mick Foley, The Hardcore Legend!

Mick Foley é uma das pessoas que mais se dedicou ao wrestling de todos os tempos. Foram 3 personagens criados, uma habilidade criativa que fez com que cada um dos 3 possuísse sua importância particular e, mais importante de tudo, não anulasse a importância do personagem antigo. Lembro até mesmo de uma promo na época da feud com o Triple H onde os 3 conviviam em uma promo. Além da habilidade de criação de gimmicks, Foley também foi por muito tempo usado na área criativa da WWE na criação de storylines e desenvolvimento de feuds que envolveriam outros wrestlers. Na maioria dos casos, tais storylines e feuds terminaram em sucesso. O talento de Foley não parou por aí: Foram 3 livros publicados e com alta vendagem! Aliás, Foley foi sempre tão dedicado ao Wrestling que sempre tentou fazer com que tudo se tornasse uma storyline, inclusive sua briga real com Ric Flair, que surgiu ao mundo através de declarações dos dois em seus livros e acabaram parando no ringue, lamentando inclusive o fato de Eric Bischoff não autorizar que a perda de sua orelha na WCW se tornasse uma Storyline. Nas palavras de Mick “então eu perdi a minha orelha a toa?”.

Mas Mick Foley não é conhecido como “The Hardcore Legend” por causa dos livros: Foley, com sua barba, cabelão, muitos quilos e gordura conseguiu trazer a luta extrema para WWE com sucesso, coisa que muita gente tentou fazer sem sucesso algum.
Foley deu mais que o corpo e a alma pelo Wrestling. Foley deu a sua própria orelha!

Apesar de Foley ser conhecido por lutas extremamente violentas e por provocar aquele sentimento de “Só o Mick Foley para fazer isso” nos momentos mais extremos de seus combates mais clássicos (Edge x Foley, Randy Orton x Foley, Undertaker x Foley, Triple H x Foley, Rock x Foley, poderia ficar aqui a tarde toda citando bons combates!), Mick sempre teve um coração nobre e sempre foi referência em solidariedade, ajudando crianças carentes ao redor do mundo e sempre se prontificando a participar dos desejos da “Make-a-Wish” Foundation.

Por toda a sua contribuição ao mundo do Wrestling, seja como Mankind, Dude Love ou Cactus Jack, seja como General Manager, Booker ou comentarista, com certeza Mick Foley marcou a história.

Mick Foley merece estar na lista por toda a dedicação que teve em fazer de cada show um espetáculo inesquecível.

7º Lugar: Triple H

Triple H pode não ter os 16 títulos mundiais que Ric Flair tem, mas chegou bem perto: São 12 títulos, sendo 7 títulos da WWE e 5 títulos mundiais de Pesos-Pesados, recordista em títulos mundiais da federação (Também recordista em títulos da WWE e títulos Mundiais de Pesos-Pesados)! Mas Triple H também é muito mais do que títulos. Antigamente conhecido como Hunter Hearst Helmsley, Paul Levesque foi sem dúvida um Wrestler de muita visão, se juntando o mais rápido que pode ao “Showstopper” Shawn Michaels, escalando a cena do evento principal numa velocidade incrível!

Muitos creditam o sucesso de Trips ao seu casamento com Stephanie McMahon, mas temos que lembrar que desde antes dos dois sequer namorarem, Triple H já figurava como um dos principais talentos da WWE.

Em minha opinião, a principal característica de The Game é sua capacidade de se reformular, se mantendo no main-event por mais de 10 anos sem ninguém enjoar de sua presença (Veja John Cena por exemplo. Nem 5 anos de main-event e já tem um monte de gente o odiando). De Hunter Hearst Helmsley para Triple H, de participante da stable Clique para co-fundador da stable lendária D-Generation X, de Cerebral Assassin para The Game para King of Kings, Triple H usou até mesmo de seu romance com Stephanie para figurar a McMahon-Helmsley Era. Triple H sempre se reformula mantendo todos alertas de que na WWE todos podem ser jogadores, mas ele não, ele é o próprio jogo!

Triple H merece estar na lista pela sua habilidade de renovação e permanência com Main-Eventer de qualidade.

Número 6 – The Rock

Eu nunca fui fã do The Rock, mas seria ridículo não citá-lo por aqui. Wrestler de terceira geração foi um dos maiores responsáveis pelo sucesso da WWE durante e depois da Attitude Era. Com uma habilidade notória no microfone, criou um estilo de falar sempre se referindo a si mesmo na terceira pessoa, utilizando de gritos e com falas que deixavam todos constrangidos, The Rock chegou até onde chegou sem precisar da influência de sua tradicional família. É isso mesmo, falem o que quiser do The Rock, mas ele não ficou conhecido como “O campeão do povo” à toa. O que mais me impressionava em The Rock era sua facilidade em colocar o público exatamente onde ele queria e quando ele queria. The Rock era um bom lutador, sim, sem dúvida, mas muito abaixo de diversos outros lutadores que nem foram citados aqui (ou você acha mesmo que The Rock lutava melhor que Y2J, HBK e Triple H? De maneira alguma!) Mas The Rock foi um dos mais carismáticos wrestlers de todos os tempos.

“Do you smell what The Rock is cooking?” – A verdade é que ninguém percebeu. The Rock era um superstar que sabia praticar o Wrestling, mas aos poucos o ringue ficou pequeno para ele. Com todo o seu carisma, começou a fazer filmes e ver que sua fama e grana poderiam vir sem as dores no corpo após os combates, sem mais tantos dias viajando. The Rock foi o lutador que mais soube usar o microfone que já vi, tão bom intérprete (para os padrões do Wrestling é claro, não pensem que ele é o próximo De Niro, olhem seus filmes e verão que até hoje ele não teve um papel realmente “sério”) que foi para o cinema não subindo no ringue nunca mais. Desde o início, The Rock queria grana e fama, o Wrestling não era o objetivo na sua vida, mas sim um canal para chegar até o objetivo real.

The Rock poderia estar em algumas posições acima no ranking, mas o desfecho da sua carreira, junto com sua não tão grande habilidade dentro do ringue, faz com que ele fique na 6ª colocação, o que já é um grande lugar de honra.

The Rock merece estar na lista por ser o wrestler de maior habilidade no Microfone, além de ser um dos mais carismáticos de toda a história.

5º – Bret “The Hitman” Hart

Bret Hart teve uma carreira invejável por todos. O herói dos anos 90 coroou a família Hart como uma das mais lendárias de todos os tempos. Junto com seu cunhado, Jim “The Anvil” Neidhart (pai da Nattalya para quem não sabe), formou uma das duplas mais lendárias de toda a história, a Hart Foundation, que com o passar dos anos se tornou uma stable, também das mais lendárias, com a adição de Owen Hart e British Bulldog.

Bret Hart, além de ser um dos lutadores especialistas em submissão, o que lhe rendeu o apelido “The Excellence of Execution”, foi 5 vezes campeão da WWF, 2 vezes campeão intercontinental e 2 vezes campeão de duplas, com Jim Neidhart.

Sempre com seus óculos estilosos e o característico estilo autoconfiante, porém simpático e atencioso, Bret teve sua carreira manchada pelo estrelismo, quando por dinheiro ficou confuso se iria ou não para a WCW e acabou abandonando a federação que o colocou no topo (WWF) no tão famoso e vergonhoso incidente do Montreal Screwjob. Acredito que a feud entre Bret Hart e Shawn Michaels foi uma das melhores feuds de todos os tempos, que infelizmente ficou manchada naquele combate (em especial pela atitude de Bret em quebrar tudo e cuspir no Vince, sendo o top face do momento), tornando os Bret The Hitman Hart e Shawn Michaels “personas-non-grata” até os dias atuais.

Bret Hart nunca mais recuperou do Montreal Screwjob. Ganhou seu dinheiro na WCW, mas nunca mais conseguiu se manter como lutador principal da companhia, tendo um final de carreira muito apagado.

Algumas das minhas memórias mais agradáveis de Bret Hart são a feud contra Stone Cold Steve Austin que culminou em uma “Submission Match” (vitória de Bret “The Hitman” Hart após Stone Cold Steve Austin desmaiar por ser recusar a bater), e é claro a frase “Bret The Hitman Hart, The Best there is, the Best there was, the Best there ever Will be!”

Bret “The Hitman” Hart merece estar na lista por afirmar a importância de seu país no cenário do Wrestling Mundial e ser o Top Face da companhia durante muito tempo, graças a uma junção de bons contatos, boa atitude no microfone e muita, muita técnica de combate em cima do ringue.

4º Lugar – Stone Cold Steve Austin!

Estamos quase no topo, você já deve ter me xingado muito até aqui, mas vamos continuar.

Durante alguns anos da década de 1990, o Wrestling mundial passou por um momento onde duas grandes companhias disputavam a audiência: A WCW e a WWF. Nesta guerra da audiência a WCW jogou sujo e conseguiu começar a massacrar a WWF. Tudo mudaria de rumo quando “The Ringmaster” surgisse como o trunfo que jamais qualquer um poderia imaginar. “The Ringmaster” rapidamente trocou de nome para “Stone Cold Steve Austin”, venceu o torneio T”he King of The Ring” e soltou a declaração “você pode citar os salmos, pode falar sobre João 3:16. Austin 3:16 diz eu simplesmente detonei a sua bunda” (“Whipped your ass”, como traduzir isso hein?). Nesse momento surgia o fenômeno da cascavel do Texas, Stone Cold Steve Austin!

Na revista de 15 anos do RAW, foi perguntado a Vince McMahon quem seria o lutador mais importante da WWE em sua opinião. Vince disse que reconhece o papel de cada um, The Undertaker, Shawn Michaels e até mesmo Bret Hart, mas Stone Cold era o mais importante de todos em sua concepção, pois ele simplesmente pegou a companhia no seu momento mais crítico, colocou o show nas suas costas e conseguiu levá-la aos dias de glória novamente.

Stone Cold Steve Austin é a representação viva da tão gloriosa Attitude Era. Sua saudação ao público era dar o dedo do meio para todos. Sua comemoração de vitória era beber cerveja. Quando com raiva, ninguém conseguia o conter, nem mesmo a polícia.

Enquanto na WCW, Eric Bischoff se tornou parte do nWo para tentar aparecer ao público, na WWF, Stone Cold Steve Austin fazia da vida dos McMahon um verdadeiro inferno, acertando Stone Cold Stunners, destruindo os carros, invadindo os shows e tudo mais o que você possa imaginar

Stone Cold Steve Austin simplesmente quebrou a perna de Brian Pillman ao vivo com uma cadeira. O pior de tudo é foi intencional! O segmento de Brian Pillman recebendo Stone Cold Steve Austin em sua casa com uma arma e disparando-a contra o mesmo foi simplesmente genial, apesar de criticado e censurado na época. Stone Cold é a Attitude Era e por isso merece o lugar de honra: 4º lugar, merecido, e se você concorda comigo: Give-me a HELL YEAH!

Em termos de títulos, Stone Cold foi campeão da WWF 6 vezes.

Stone Cold Steve Austin merece estar na lista por ter sido o maior responsável pela existência e sucesso da Attitude Era.

3º Lugar: “The Nature Boy” Ric Flair

Com a incrível marca de 16 títulos mundiais, Ric Flair se tornou um dos maiores lutadores de todos os tempos. Com mais de 30 anos de carreira, Ric Flair figurou no topo de tudo o que poderia existir no Wrestling: Conseguiu os títulos principais de 3 federações, foi fundador de duas stables muito reconhecidas (The Four Horsemen e Evolution), além de campeão do título de duplas inúmeras vezes.

Com seu Figure Four Leglock, Ric Flair durante anos foi um dos lutadores mais técnicos em cima do ringue. Precisão na submissão, boa interpretação no ringue e muita agilidade. Além da habilidade no ringue, Ric Flair com seu estilo característico, suas roupas com plumas, seu andar peculiar e com sua marca registrada “WOOOO”, Ric Flair conseguiu figurar no main-stream por mais tempo que qualquer um já conseguiu.

Ric Flair sempre será lembrado como um pioneiro. Com o seu jeito sujo de combate (golpes baixos, distrações) e sua boca afiada, sempre com frases marcantes que inspiravam confiança, toda homenagem é pouca ao “Limousine Ridin’, Jet Flyin’, Kiss Stealin’, Wheelin’ Dealin’, Son of a Gun, Ric Flair WOOOOO!”, e eu duvido muito que você não pensou em gritar um “WOOOO” aí na sua casa ao ler isto.

Com tantos aspectos, sua única dúvida deve ser “porque ele está em 3º e não em primeiro?”. A simples questão é que Ric Flair passou por muitas federações. Na WWE mesmo, Ric Flair foi campeão mundial por duas vezes e como a WCW gastava tanto tempo com a nWo e a esquisitice do Eric Bischoff em tentar se auto-promover (Por exemplo, quando ele desafiou Vince McMahon para uma briga. Cara, ele achou que tinha alguma chance? Vince é extremamente musculoso e é Wrestler. Eric Bischoff é filhinho de mamãe engravatado que chora quando alguém pisa em seu pé. Bem que Hulk Hogan avisou “acho melhor você desistir da idéia”), que Ric Flair ficava em segundo plano, sendo assim, ele marcou muito menos presença do Wrestling na época em que assisti, do que os dois próximos lutadores.

Ric Flair merece estar na lista, porque ser pioneiro e se tornar inspiração para várias gerações de lutadores. Ric remodelou o conceito do que é ser wrestler. Arrisco dizer que Ric está para o Wrestling assim como John Lennon, Elvis e Chuck Berry estão para o Rock’n Roll.

2º Lugar: The Undertaker.

Se você estava me xingando porque eu não havia falado do Deadman, pode parar porque chegou a vez dele. Mark Callaway é sem dúvida um ícone, um mestre. Isso fica muito claro quando converso com amigos que não assistem a WWE. Eles perguntam o que é o “Wrestling” e eu digo “Lembra daquele campeonato de luta que tem o Undertaker?”. Todos se lembram na hora. Aliás, é engraçado como quase todos se surpreendem quando digo que “The Rock” fez sua fama dentro do ringue...

Undertaker esteve no primeiro RAW, em 1993. Undertaker lançou no wrestling os combates “Hell in a Cell” e “Casket Match”, além disso, é o dono da Gimmick mais famosa de todos os tempos de todas as federações: O Deadman!

Undertaker é excelente em promos. Tão excelente que consegue realizar promos absolutamente boas sem mesmo dar uma palavra! Seu rosto, sua expressão, sua cara de fúria, “não tenha medo, fique apavorado!”. Undertaker foi um lutador tão incrível, que dele nasceu outra grande gimmick: Kane. A relação entre os dois foi de tamanho sucesso, que excedeu de a grande feud que existia entre os dois para dar início a uma das maiores duplas (Tag Teams) de todos os tempos, os Irmãos da Destruição (Brothers of Destruction).

Undertaker lutou em 16 WrestleManias sem nunca perder, o que sem dúvida é um grande feito. Além disso, ‘Taker anotou 2 Títulos Mundiais de Pesos-Pesados, 4 Títulos da WWE.e 6 títulos de duplas.

‘Taker é uma “marca registrada” da WWE. Isso fica bem claro nesse período em que ele se encontra “banido”. Nós assistimos ao SmackDown! da semana passada por exemplo, que sem dúvida foi um excelente show, mas com certeza todos ficamos com aquele sentimento de “está faltando alguma coisa”. Essa “coisa” faltante sem dúvida são os Chokeslams, Tombstones, Old Schools e Last Rides, tão característicos deste lutador.

Undertaker é um ícone que será sempre lembrado na história do Wrestling Mundial, assim como El Santo será lembrado na Lucha Libre e “Fantomas” será lembrado aqui no Brasil. Lugar de honra ao Deadman!

Undertaker merece estar na lista por, além de sua habilidade de combate, possuir a Gimmick mais marcante de todos os tempos na luta livre.

Primeiro Lugar: Shawn Michaels, The HeartBreak Kid!

E o lugar de honra não podia ser de ninguém mais que o detentor dos apelidos "Showstopper", "Mr Wrestlemania", "Main-Event", "The Icon" Shawn Michaels.

Shawn nasceu para brilhar e não há dúvidas disso. Desde seu início na companhia, na dupla “The Rockers”, Shawn ganhava notoriedade. A dupla acabou quando os The Rockers se reuniram na Barbearia de Brutus Beefcake para conversar sobre os problemas que passavam. Foi aqui que ocorreu um dos momentos mais violentos do Wrestling mundial até aquele momento: Shawn Michaels atirou Marty Jannett contra a vidraçaria da barbearia, quebrando por completo os vidros. Naquele momento, morria o Shawn Michaels “The Rocker” para nascer o “The HeartBreak Kid”, o mais confiante, esperto e habilidoso lutador que já vi em cima dos ringues.

Caso você não se sinta a vontade com a colocação de Shawn, vamos nos lembrar de alguns dos momentos mais importantes da companhia.

Incidente do Madison Square Garden, Shawn era um dos responsáveis. Montreal Screwjob, Shawn também presente. D-Generation X, a stable mais importante de toda a Attitude Era: Shawn era um dos fundadores, The Clique, novamente Shawn fazia parte. Ric Flair se aposenta? Shawn Michaels novamente.

Apesar dos seus três títulos mundiais da WWE e um título Mundial de Pesos-Pesados, os maiores feitos de Shawn não são os cinturões, mas sim as suas storylines e combates tão marcantes. A Pro Wrestling Illustrated, uma das mais respeitáveis publicações de Wrestling no mundo, elegeu lutas de Shawn Michaels como as melhores lutas do ano nos anos 1993, 1994, 1995, 1996 além de 2004, 2005, 2006 e 2007!

Com sua marca registrada “Sweet Chin Music”, uma alta qualidade em representação, habilidade incomparável em criar Storylines boas e um talento nato no microfone, Shawn Michaels se o melhor wrestler que já vi em atividade. Se no The Rock sobrava carisma e faltava habilidade, em Shawn Michaels você encontrará o lutador mais completo de todos os tempos.

Shawn Michaels merece o lugar que está na lista pelo conjunto da obra. Combinação de boa gimmick, adequação ao personagem, habilidade em ringue, títulos, storylines, carisma e alguns dos melhores combates que já ocorreram em todos os tempos.

E chegamos ao fim do meu ranking dos 10 mais. Gostou? Não gostou? Adorou? Odiou? Deixe sua opinião nos comentários!

Para finalizar, com sei que muitos vão notar a falta de Hulk Hogan, já faço questão de explicar o porquê de sua ausência.

Hogan fez muito sucesso na década de 80, quando eu era novo demais para acompanhar qualquer coisa. Na década de 90, Hulk Hogan era o líder da nWo, que em minha opinião foi uma stable bem chata, apesar de memorável. O grande problema de Hulk Hogan é que ele não queria perder, não sabia apanhar e apesar da excelente habilidade no microfone e promos, faltou com certeza habilidade em ringue. Muitos lutadores dizem que a melhor luta de Hogan foi contra Shawn Michaels, mas que aquela luta exigiu muito pouco de Shawn Michaels, o que demonstra a disparidade entre os dois.

De qualquer forma, sempre vi Hulk Hogan como um cara mesquinho, muito preocupado em falar de si mesmo e pouco preocupado com o espetáculo em si. Pra mim, o lugar de Hulk Hogan e todos os Hulkamaniacs é junto de Eric Bischoff e bem longe de mim.

Como muita gente da antiga diz, acredito que se Hulk Hogan não derrotasse o Andre The Giant no WrestleMania III, ele não seria nem o “cheiro” do que é hoje. No máximo seria um lunático excêntrico e esquisito como o Ultimate Warrior.

Nota final – Alguém me perguntou na última coluna sobre onde estava a Jack-O-Mania I. O fato é que ela se encontrava em outro blog, que escrevia antes de vir para cá e agora não existe mais. Todavia, a coluna não se perdeu e será re-publicada por aqui.

Um abraço e até a próxima Jack-O-Mania!