King's Words #10
Em meio à falta de ter o que fazer que me atacava na madrugada do último sábado, decidi observar alguns combates antigos das divas da WWE/F. Salvo algum engano, vi aproximadamente 15 vídeos, sobre diversos momentos da divisão feminina da WWE, desde o início dela, com Chyna, até um ponto marcante para as mulheres no wrestling: a aposentadoria de Trish Stratus. Então, nesse artigo, pretendo deixar algumas observações sobre as mulheres que eu vi lutar, sendo elas três das maiores de todos os tempos nessa categoria da modalidade, que hoje é praticamente esquecida pela World Wrestling Entertainment.
Põem-se em destaque as três vitórias do Intercontinental Championship por parte de Chyna, que venceu Jeff Jarret, Chris Jericho e Val Venis em cada uma delas. Dos três, vi apenas dois combates, contra Jericho e Jarret, onde posso lhes afirmar que ela lutara como um verdadeiro homem, um lutador enfurecido, principalmente na luta contra Jarret, que utilizava instrumentos de casa como armas. O combate teve dois fins: o primeiro foi quando Jeff usou o belt do IC Title para conquistar a vitória, de forma ilegal. Por isso, um referee apareceu e mandou o combate reiniciar, quando Chyna conquistou finalmente a sua vitória.
Já contra Chris Jericho, a história foi um pouco mais complicada. Mesmo assim, lhes explico: Chyna perdera seu título em um combate individual para Jericho, mas logo em seguida foi marcada uma luta entre eles valendo o título, como forma de rematch para a lutadora. No entanto, o resultado do combate terminou como um empate, por Double Pinfall, fazendo com que a WWE/F reconhece os dois lutadores como co-campeões do título, levando a situação até o Royal Rumble.
Agora, deixando os comentários sobre os títulos de Chyna de lado, temos de falar sobre a revolução que ele causou em seu tempo. Chyna, com o título feminino da WWE em mãos, nunca foi derrotada, fazendo com que o título ficasse vago após sua saída da empresa. Ela lutava de um modo diferente de todas as outras mulheres, de um modo mais forte e vigoroso, se assemelhando ao estilo de combate masculino. Até por isso, seus finishers mais usados eram o Pedigree, adotado de Triple H enquanto os dois estavam na DX, e o Powerbomb, que ela usou individualmente do fim do século XX ao início do XXI.
Ele foi, nada mais nada menos, que o combate de despedida de Trish, que havia anunciado algumas semanas antes do pay-per-view, que se retiraria do wrestling profissional depois do evento, fazendo com que milhares de seus fãs lotassem os estádios para lhe ver nos seus últimos dias de combates, seja pelo Raw, seja pela WWE como um todo. No Unforgiven, a adversária, como já disse, era Lita, a até então campeã feminina da empresa e com uma imensa moral dentro do ramo, visto que tinha derrotado as melhores para chegar onde estava, além de estar unida com o Rated R Superstar, Edge.
Trish, por sua vez, aproveitara o momento de sua aposentadoria para desafiar Lita para um combate final: uma vez mais, as duas lutadoras iriam se enfrentar pelo título máximo da divisão feminina da WWE. Era chegada a hora para a despedida da maior diva de todos os tempos, para muitas pessoas, e o combate era sensacional. Já tínhamos visto duas tentativas de Stratusfaction por Trish e também uma de Litasault pela adversária. Entretanto, no fim, tivemos um show à parte: como boa canadense, Trish aplicara o Sharpshooter para finalizar o combate sobre uma Lita totalmente arrasada. O público ia a loucura, e a agora 7 vezes campeã feminina comemora em seu último combate.
Emocionante, não? Acho que sim, pelo menos para mim foi. Trish marcou um período de transição, vindo de onde ninguém acreditava nas mulheres, para conduzir toda uma empresa ao topo da participação feminina no prowrestling. Vimos, com a ajuda de seus Chick Kicks e Stratusfactions, que a beleza não atrapalha em nada um talento nato para a luta-livre, e que as mulheres podem sim ter storylines bastante interessantes, sem precisar das briguinhas que vemos atualmente na WWE. Bem que a bookagem atual poderia seguir o exemplo de anos passados para tentar melhorar a nossa situação, não é?
Já fica claro qual o combate que vou citar, já que não posso usar a despedida de Trish Stratus como exemplo, não é? Sim, o combate do Judgment Day de 2001, contra Chyna. Tudo começou depois de uma luta pelo título entre Chyna e Trish Stratus, obviamente vencida pela primeira. Chyna disse que queria um desafio maior e melhor de agora em diante, porque já estava cansada de vencer tão rapidamente todas as adversárias que lhe apareciam. Neste instante, a até então face Lita aparece na arena, enquanto a torcida ia à loucura, para propor uma luta contra a campeã. O desafio foi aceito, e a luta marcada para o PPV supracitado.
O combate, obviamente, iria terminar com vitória de Chyna, que ainda se apresentava melhor que todas as outras mulheres que lutavam naquela empresa. No entanto, como Jim Ross dissera ao final da luta, nunca uma outra mulher se opôs tão bem à Chyna como Amy Dumas fizera naquele combate. Foram diversos spots interessantíssimos, com direito a tentativa de Moonsault e tudo, mas no final, o Powerbomb de Chyna apareceu para decidir o combate ao seu favor. Era o início de uma lenda chamada Lita, para o bem e para o mal.
Digo para o mal porque, no final de sua carreira como wrestler da WWE, Lita sofreu muito em função de uma storyline em que traíra Matt Hardy para se aliar a Edge, coisa que aparentemente aconteceu de verdade. Lita saiu da empresa alegando não aguentar mais ser tão vaiada pelo público por causa disso, e a WWE acabou perdendo a, na minha opinião, terceira melhor lutadora que já vi lutar. Lita, com seu jeito high-flyer e ao mesmo tempo insano, digno da companhia de Jeff Hardy, com quem se assemelha muito, mostrou ao mundo como uma mulher consegue aplicar spots malucos e ao mesmo tempo ser extremamente técnica, como mostrado na primeira – e única – Steel Cage Match realizada entre mulheres, quando lutou contra Victoria. Mesmo perdendo, Lita mostrou todo o seu lado técnico, e ao mesmo tempo insano, o que é necessário para aguentar um combate deste porte.
Para terminar esta edição, vou deixar alguns vídeos desses combates, para não deixar-lhes apenas com o gostinho de quero mais na boca.
Chyna vs. Jeff Jarret – Parte 01
Chyna vs. Jeff Jarret – Parte 02
Trish Stratus vs. Lita – Parte 01
Trish Stratus vs. Lita – Parte 02
Lita vs. Chyna – Parte Única
Lita vs. Victoria – Steel Cage Match
Então é isso, pessoal. Abraços!
Cara ótima crônica, realmente lutas femininas eram interessantes, ao contrário de agora que quando tem luta de divas em algum show é a hora de ir beber água.
alguem sabedo paul london porra
a mulher dele morreu =) soh sei disso...
ótima cronica king tem bem abordado parabens !
essas divas da wwe de hj nen chegam perto dakelas de antigamente ! [otima cronica continue assim...
O senhor Long, atual GM da ECW seria o referee dessa luta? Me pareceu ele.
Abraços!
Ahhh...isto traz grandes lebranças(lembranças? oO...eu nem acompanhava wrestling nessa epoca), agora nem sequer titulo feminino vai pra PPV, mas pq? pq não tem divas que saibam lutar, soh a beth phoenix pode ser comparada em habilidades com as 3 q vc falou, as outras são boazinhas(falo de lutar e não de beleza, certo?)
Sem esquecer as outras divas de época, como Ivory e Molly Holly, com seu Molly-Go-Round!
Hoje em dia realmente é o fim da picada. A Molly mesmo disse ter abandonado o esporte pela falta de ser tratada com seriedade.
Antigamente, a maioria lutava por paixão pelo wrestling, já nos tempos de hoje parece que as mulheres só lutam para aparecer na tv e posar na playboy...
Sinto muita falta da Chyna, ela era minha heroína e a UNICA que teve corangem de luter contra homens e putzz DX era a coisa mais perfeita que eu já vi na minha vida, aqueles tres juntos era de matar!
A última feud decente entre divas que eu consigo me lembrar é Trish x Mickie James, em meados de 2006... depois disso, Trish e Lita se aposentaram e a divisão feminina foi completamente esquecida pela WWE.
ótima abordagem, relembrar é viver, e penso que da mesmo pra conciliar a beleza, toda o carater feminino com uma técnica bem apurada, o problema é que na WWE o que prevalece são os peitos e as bundas das garotas e nada mais. E como disse Taylor Wilde a respeito da divisão feminina da TNA em uma entrevista que inclusive está postada no This is News!
"O que você vê é o caos no ringue e, sem ofensa a qualquer outro show, não somos apenas uma cara bonita tentando provar que podemos segurá-la fazendo movimentos aqui e ali simplesmente. Estamos trabalhando com muita seriedade aqui para obter o mesmo reconhecimento que os homens no esporte um dia. "
"
otima cronica king.
e so uma pergunta essa semana não vai ter analise do Raw e Ecw